Todo mundo busca uma receita para tudo, não é mesmo? Seja na cozinha ou nos negócios, ter um passo a passo confiável é como ter um mapa para o sucesso. Mas, se observarmos grandes chefs como Rodrigo Oliveira, Janaína Rueda ou Olivier Anquier, percebemos que o segredo não está apenas em seguir a receita à risca, mas em adicionar um toque de ousadia e experimentação. O dadinho de tapioca, a pancetta com goiabada e o entrecôte com molho secreto são exemplos de como inovação e tradição podem se unir para criar algo extraordinário.
No mundo dos negócios, a lógica é parecida. Em tempos de incerteza, aproveitar “receitas” consagradas pode ser a forma mais inteligente de conduzir processos internamente. E quando o assunto é marketing orientado por dados, uma dessas “receitas” que tenho explorado é o CRISP-DM (CRoss Industry Standard Process for Data Mining).

Descobri que sua estrutura simplificada e bem organizada pode ser um ótimo caminho para desenvolver projetos de marketing que não só funcionam, mas também geram resultados impactantes.
Assim como um prato marcante de um grande chef, o CRISP-DM é dividido em etapas claras e interconectadas, que vão desde a compreensão do problema até a entrega de soluções práticas. E o melhor: ele permite espaço para criatividade e ajustes, garantindo que você possa adaptar o “prato” ao paladar do seu negócio.
Quer saber como essa “receita” pode transformar sua estratégia de marketing? Vamos explorar cada uma das fases do CRISP-DM e descobrir como ele pode ser o ingrediente secreto para o sucesso da sua empresa.
As etapas do CRISP-DM: A receita para o sucesso em marketing orientado por dados
Assim como um prato incrível começa com um bom planejamento, o CRISP-DM também tem suas etapas bem definidas. Vamos explorar cada uma delas e ver como elas se encaixam na “cozinha” do marketing orientado por dados:
1. Compreensão do Negócio
Tudo começa com o “cardápio”. Nessa fase, você precisa entender o que o seu negócio realmente quer alcançar. Qual é o problema que precisa ser resolvido? Quais são os objetivos e as limitações do projeto? É como decidir se você vai servir um prato principal sofisticado ou uma refeição descontraída. Se você não souber o que quer, pode acabar criando algo que não agrada ninguém. Aqui, o segredo é alinhar as expectativas com os stakeholders e garantir que todos na equipe estejam na mesma página.
2. Compreensão dos Dados
Agora é hora de olhar para a “despensa”. Quais dados você tem disponível? Eles são confiáveis? Existem lacunas ou problemas que precisam ser resolvidos? Essa fase é como verificar se os ingredientes estão frescos e prontos para uso. Se você não conhece bem seus dados, fica difícil criar uma análise precisa. Aqui, a ideia é explorar, entender e garantir que tudo esteja em ordem antes de seguir para a próxima etapa.
3. Preparação dos Dados
Essa é a fase da “mise en place”, ou seja, deixar tudo pronto antes de começar a cozinhar. Aqui, você limpa, organiza e transforma os dados em um formato adequado para análise. É como descascar batatas, temperar a carne e separar as ervas. Se você pular essa etapa, pode acabar com um prato desequilibrado. Uma boa preparação é essencial para que a análise flua sem problemas.
4. Modelagem
Agora é a hora de “cozinhar”! Aqui, você aplica diferentes técnicas de modelagem para transformar os dados em insights valiosos. Vai usar machine learning, regressão ou análise de clusters? A escolha depende do objetivo do seu projeto. E, assim como na cozinha, é importante testar diferentes abordagens até encontrar a que funciona melhor. Não tenha medo de experimentar: às vezes, um toque de criatividade faz toda a diferença.
5. Avaliação
Depois de “cozinhar”, é hora de “provar o prato”. Os resultados estão alinhados com os objetivos do negócio? Eles trazem insights que podem ser usados para melhorar as estratégias de marketing? Essa fase é como chamar um amigo para experimentar e dar um feedback honesto. Se algo não estiver bom, ainda dá tempo de ajustar. A avaliação é crucial para garantir que o projeto atenda às expectativas.
6. Implantação
Finalmente, é hora de “servir o prato”! Aqui, você coloca o modelo em prática, integrando-o aos processos operacionais da empresa. Afinal, de nada adianta um prato incrível se ele ficar escondido na cozinha, certo? Essa etapa garante que os insights gerados sejam usados em tempo real, ajudando a empresa a tomar decisões mais informadas e eficazes.
Por que o CRISP-DM funciona tão bem?
Assim como uma receita bem executada, o CRISP-DM oferece uma estrutura clara e flexível, que permite adaptações conforme as necessidades do negócio. Ele ajuda a:
- Alinhar análise com objetivos de negócio: garantindo que os esforços de análise sejam direcionados e relevantes.
- Melhorar a tomada de decisão: permitindo ajustes contínuos com base em dados.
- Engajar as partes interessadas: promovendo a colaboração entre equipes e garantindo que todos estejam alinhados com os objetivos finais.
Conclusão
No fim das contas, o CRISP-DM é como uma receita infalível para o sucesso em marketing orientado por dados. Seguindo cada etapa com cuidado e atenção, você pode transformar dados brutos em insights valiosos que impulsionam suas estratégias. E, assim como um grande chef, o segredo está no equilíbrio, na preparação e na paixão pelo que você está fazendo. Então, que tal colocar o avental e começar a cozinhar? O sucesso é o prato principal! 😊
Sobre o autor
Cairo Cananéa é estrategista de marketing e utiliza ciência de dados / IA para resolver problemas complexos.
